quinta-feira, 18 de abril de 2013

Atividade 4: Artigo : Inato X Aprendido



Desde a Grécia antiga até os dias de hoje, uma idéia tem tido grande influência na discussão acerca da natureza humana – a dicotomia entre comportamentos inatos e aprendidos ou explicações biológicas e culturais do comportamento, o que ficou conhecido com o debatenature or nurture, natureza ou criação, inato ou aprendido.

Este debate acalorado teve seu auge na metade do século passado e seu período mais crítico durou cerca de 20 anos, apesar de muitos ambientes acadêmicos ainda enfrentarem este fantasma, fruto de uma antiga disputa que misturou posições ideológicas e políticas com científicas.

De um lado, sociobiólogos e etólogos afirmavam que grande parte dos comportamentos eram inatos; do outro, pesquisadores das ciências sociais e psicólogos behavioristas defendiam que a maior parte dos comportamentos (ou todos) eram aprendidos.

Geralmente, as ciências humanas, sociais e comportamentais adotavam, e ainda adotam em muitos círculos acadêmicos, uma idéia próxima da tábula rasa, conceito criado por John Locke, que afirma que o ser humano nasce como uma folha de papel em branco a ser preenchida pelas experiências. Essa idéia já deveria ter sido revisada desde que, nos últimos anos, repetidas evidências tem apontado diversos aspectos do ser humano como tendo fortes bases biológicas.

Locke
A dicotomia entre inato e aprendido foi sendo vagarosamente substituída por uma visão interacionista entre ambos – depois de perceberem que além do preto e do branco pode existir o cinza também, os estudiosos do ser humano puderam avançar consideravelmente no entendimento de como predisposições biológicas influenciam o comportamento humano e como o ambiente pode afetar a expressão de características genéticas, além de quando essa expressão poderá ocorrer (Dovidio et al., 2006).
Um dos autores do presente texto já descreveu em textos anteriores algumas evidências empíricas corroborando a idéia de que os seres humanos possuem determinadas tendências humanas inatas, “aqui” e “aqui”. Além disso, Dovidio da dois exemplos para ilustrar  a relação entre pedisposições e o ambiente de um organismo: psicólogos do desenvolvimento conhecem, já há algum tempo, as diferenças individuais no temperamento de bebês (e.g. mais chorões ou calmos) desde o momento em que nasceram praticamente; também sabe-se hoje que determinados genes vinculados diretamente à atividade cerebral e à certos processos fisiológicos são ativados ou desativados por eventos ambientais.

Um outro exemplo é a linha de pesquisa sobre emoções humanas e suas expressões faciais desenvolvida pelo psicólogo Paul Ekman, que, inspirado nos estudos iniciais de Charles Darwin acerca da expressão de emoções em animais e em seres humanos, encontrou em seus estudos de povos primitivos que a expressão das emoções básicas (raiva, alegria, tristeza, desprezo, medo, surpresa e nojo) são praticamente as mesmas na espécie humana (Ekman, Sorenson e Friesen, 1969; Ekman, 2003), ainda que culturas diferentes possam dar nomes diferentes e acrescentar à sua expressão pequenas sutilezas; o que Ekman chama de emblemas e ilustradores. Todavia, ainda hoje muitos cientistas da área de humanas rejeitam essas pesquisas e chamam Ekman de preconceituoso e racista.
Apesar de esses esclarecimentos terem sido absorvidos por alguma parte da comunidade científica, a negação da natureza humana ainda é algo comum em muitas universidades no mundo, como o psicólogo Steven Pinker ilustra e explora em um de seus livros, Tábula Rasa: A Negação Contemporânea da Natureza Humana. Conforme Pinker (2004):
O tabu da natureza humana não só põe antolhos nos pesquisadores mas também faz de qualquer discussão sobre o tema uma heresia que precisa ser aniquilada. Muitos autores, de tão desesperados para desabonar toda insinuação de uma constituição humana inata, jogam a lógica e a civilidade pela janela. Distinções elementares – entre “alguns” e “todos”, “provável” e “sempre”, “é” e “tem de ser” – são sofregamente menosprezadas a fim de que a natureza humana seja pintada como uma doutrina extremista e, com isso, os leitores sejam conduzidos para longe dela.
A análise de idéias é comumente substituída por difamações políticas e pessoais. Esse envenenamento da atmosfera intelectual privou-nos dos instrumentos para analisar questões prementes sobre a natureza humana, justamente quando novas descobertas científicas as tornam críticas.
Antropólogos, sociólogos, cientistas políticos, psicólogos e psicanalistas se figuram como os mais ardentes negadores de explicações biológicas acerca do comportamento humano. Para muitos deles, o comportamento pode ter uma base inata, mas o processo de aprendizagem é muito mais importante na hora de explicar o comportamento das pessoas. Também existem concepções mais radicais do ser humano beirando um reducionismo cultural: tudo que o ser humano faz é determinado por sua aprendizagem cultural, as culturas variam de forma quase infinita, caótica e  de acordo com nenhum padrão, sendo que até mesmo urinar ou defecar são apenas práticas culturalmente aprendidas.

Lembro ainda hoje de uma aula que tive (Felipe) na faculdade, sobre psicologia do desenvolvimento. Um aluno tinha feito alguma pergunta sobre esse debate nature or nurture e a professora falou algo interessante. Para ela, a biologia e a cultura atuam entrelaçadamente de forma que é um tanto complicado distinguir os dois.

Até aí tudo bem, mas ela prossegue dizendo que “por exemplo, a necessidade de beber água é determinada por fatores culturais. Hoje os médicos afirmam qu devemos beber 2 L de água por dia, mas eu mesma só bebo um copo de água por dia, quando chego em casa de noite; e nunca morri por isso! Lá na Índia existem aqueles monges que são capazes de permanecer dias sem beber água e também não morrem por isso.” Isso foi chocante. Ou o caso de um outro porfessor meu que afirmou que a pressão arterial e seu valor ótimo é cultural, ou seja, podem existir culturas em que seus habitantes possuem uma pressão alta se comparada ao nível recomendado atualmente em nossa sociedade, mas que vivem normalmente sem ter nenhum prejuízo na saúde por conta disso.

Antes mesmo da presença marcante das ciências naturais no debate, como a genética comportamental e a neurociência, esse aspecto já havia sido explorado de alguma forma pelo psicólogo e médico suíço Carl Jung, por exemplo. Ele percebeu que existem diversos símbolos e conceitos de mitologias de povos diferentes, mas que são muito semelhantes. De fato, vemos certas estruturas presentes largamente por aí, tal como o arquétipo do herói, por exemplo, que rege a jornada de heróis como Jesus, Buda, Hércules, Ulisses e outros heróis mitológicos, independente de haver fundo histórico em suas narrativas. Um de nós já escreveu sobre as semelhanças entre histórias contadas de Buda e Jesus “aqui” e “aqui”.
Hoje em dia compreende-se que a pergunta “é inato ou aprendido” é, além de mal formulada, inútil e retrógrada, pois se baseia numa suposta oposição excludente entre o que é inato ou aprendido, quando de fato os dois conceitos não são opostos, e muito menos excludentes.

Toda essa resistência em considerar as evidências não resultou de pesquisas sistematicamente conduzidas que chegaram à outras conclusões, mas principalmente de ideologias que pretendem fundar e modificar a história humana, selecionando as conclusões “politicamente corretas” às quais os cientistas podem chegar. Algo como “vocês cientistas não devem chegar à essas conclusões, olhem o que poderão estar estimulando”.
Existe nesse pensamento uma noção muito desinformada do que é a pesquisa científica: cientistas fazem pesquisas onde, através de um teste bem elaborado, podem obter mais de um resultado, que acabe corroborando ou não suas hipóteses. Porém, o resultado que será obtido no teste deve estar fora do seu controle de manipulação, portanto não faz parte da pesquisa científica escolher o resultado de algo.

Autores: André Rabelo e Felipe Novaes

Referências:
Dovidio et al. (2006). The social psychology of prosocial behavior. New York: Lawrence Earlbaum.
Ekman, P. (2003). Emotions revealed: Recognizing faces and feelings to improve communication and emotional life. New York: Times Books.
Ekman P, Sorenson ER, & Friesen WV (1969). Pan-cultural elements in facial displays of emotion. Science (New York, N.Y.), 164 (3875), 86-8 PMID: 5773719
Pinker, S. (2004). Tábula Rasa: A Negação Contemporânea da Natureza Humana. São Paulo: Companhia das Letras.

Atividade 3: Início do Desenvolvimento do Sistema nervoso Central


Os três estágios da vida intra uterina de um ser humano:


1- O Zigoto – O zigoto ocorre logo após a fecundação e por volta das duas semanas de existência fixa-se na parede do útero, recebendo a partir daí a alimentação e oxigênio. Nesta altura em que o Zigoto se agarra à parede do útero inicia-se a diferenciação em três partes: A Ectoderme dará origem ao cérebro; A mesoderme dará origem ao coração; Endoderme dará origem ao fígado.

 


2- O Embrião – Este período ocorre a partir das duas semanas da fecundação e durará cerca de oito semanas. Para além de aumentar o seu peso em vinte mil vezes, o pequeno organismo irá ter um enorme desenvolvimento: O coração começa a bater; Os órgãos sexuais definem-se; Os pés e as mãos não só se definem como se podem flectir; formam-se todos os órgãos internos. No final desta fase de desenvolvimento, o organismo é claramente identificável como um Ser Humano.



3- O Feto – Esta fase ocorre a partir das oito semanas até ao nascimento e regista um ritmo de crescimento inferior ao do Zigoto ou do Embrião, mas mesmo assim assinalável. O feto é claramente um organismo com um comportamento que pode ser estudado. Tem já a capacidade de respirar ou entoar leves vocalizações como um choro e tem sensibilidade em quase todo o corpo. Todas as pessoas que passaram por gravidezes já presenciaram que aproximadamente após o quarto mês vão sendo cada vez mais frequentes os movimentos espontâneos do feto.

Tipos de neurônios existentes:


São divididos em três tipos :


Neurônios associativos ou interneurônios 

Neurônios receptores ou sensitivos (Aferentes)

Neurônios motores ou efetuadores (Eferentes)


Porque axônios mielinizados transmitem o impulso nervoso com velocidades de mais de 400Km/h?

Axônios mielinizados são responsáveis pelos reflexos, por isso, necessitam de uma resposta rápida para prevenir o corpo de qualquer tipo de danos ou lesões.



         




A estrutura em rede do SNC de mamíferos oferece algumas vantagens para os mesmos, quais são?

  

Ter terminações nervosas espalhadas pelo seu corpo para receber e enviar sinais devido à estímulos externos.

Os órgãos sensoriais, como a pele e os olhos, ajudam o mamífero a interpretar o que está acontecendo no ambiente externo e, no caso de uma situação de perigo, permite que reflexos o ajudem a evitar se machucar.

O sistema nervoso também trabalha para ajudar os mamíferos a evitar situações de perigo, ao permitir que sinta dor, ou ouvir e ver situações de perigo na atmosfera.




O córtex cerebral humano apresenta dois hemisférios, o esquerdo e o direito.  Descreva as funções de cada um deles?


Hemisfério Direito: Responsável por habilidades artísticas, percepção de relações especiais e percepção de fisionomias.

Hemisfério esquerdo: Responsável pela linguagem e pelo raciocínio matemático.

    

 

Pesquisas científicas mostram evidências de que povos ocidentais e orientais usam os hemisférios cerebrais de maneiras distintas. Quais são?

  Os Orientais enxergam o mundo como um todo, tendo uma visão mais ampla, e são culturalmente condicionados a prezar melhor os valores culturais, familiares e intelectuais, tendo geralmente o hemisfério esquerdo mais desenvolvido.

  Os ocidentais enxergam menos, mas com mais detalhes, são culturalmente condicionados a independência, e possuem geralmente o hemisférios direito mais desenvolvido devido sua madeira de ver o mundo e realizar tarefas. 







 

Como você explica o fato de que o lóbulo frontal do cérebro seja responsável pelo controle motor da fala?

  No lobo frontal, localizado na parte da frente do cérebro (testa), acontece o planejamento de ações e movimento, bem como o pensamento abstrato. Nele estão incluídos o córtex motor e o córtex pré-frontal.

O córtex motor controla e coordena a motricidade voluntária, sendo que o córtex motor do hemisfério direito controla o lado esquerdo do corpo do indivíduo, enquanto que o do hemisfério esquerdo controla o lado direito. Um trauma nesta área pode causar fraqueza muscular ou paralisia.

A aprendizagem motora e os movimentos de precisão são executados pelo córtex pré-motor, que fica mais ativa do que o restante do cérebro quando se imagina um movimento sem executá-lo. Lesões nesta área não chegam a comprometer a ponto do indivíduo sofrer uma paralisia ou problemas para planejar ou agir, no entanto a velocidade de movimentos automáticos, como a fala e os gestos, é perturbada.

A atividade no lobo frontal de um indivíduo aumenta somente quando este se depara com uma tarefa difícil em que ele terá que descobrir uma sequência de ações que minimize o número de manipulações necessárias para resolvê-la. A decisão de quais sequências de movimento ativar e em que ordem, além de avaliar o resultado, é feito pelo córtex-frontal, localizado na parte da frente do lobo frontal. Suas funções incluem o pensamento abstrato e criativo, a fluência do pensamento e da linguagem, respostas afetivas e capacidade para ligações emocionais, julgamento social, vontade e determinação para ação e atenção seletiva. Lesões nesta região fazem com que o indivíduo fique preso obstinadamente a estratégias que não funcionam ou que não consigam desenvolver uma seqüência de ações correta.



 



Quais são as principais funções cerebelares?


O cerebelo controla toda a coordenação dos movimentos como a força, equilíbrio, antagonismo, tônus muscular e faz a manutenção da postura.







 

Na filogênese dos seres humanos qual a importância da diferenciação dos tecidos?

     A diferenciação dos tecido faz possível formar-se pele, órgãos, ossos etc.

     Células diferenciadas se agrupam possibilitando a formação de diferentes tecidos que constituem o coro humano.





Porque e como a estrutura neuronal humana apresenta diferenças entre as vias aferentes e eferentes?



   O sistema nervoso periférico pode ser funcionalmente dividido em uma via aferente, que são vias sensitivas e uma via eferente que transmitem os impulsos motores para o corpo. 



Nosso sistema nervoso central é um grande consumidor de energia, o que sob o ponto de vista da eficiência mostra que o mesmo não apresenta bom rendimento. Por exemplo, somos bastante precários na retenção de informações relativas a tudo que lemos em nossas vidas. Faça uma reflexão sobre o porquê disto.


     O fato é que o ser humano em si, tenta sempre progredir em aspectos que o torne algo grandioso sem pensar na importância de coisas mais simples, como social e econômicas, exemplo disso é a situação precária em termos de qualidade de vida ou  também o sedentarismo, que leva pessoas a ignorar qualquer tipo de evolução na área da saúde e passa causar danos exagerados ao seu organismo, corpo e mente.

     O ser humano será capaz de evoluir em rumo a sua ápice, no momento em que deixar sua ganância em tornar a sociedade algo controlado por maiores.



quinta-feira, 11 de abril de 2013

Atividade 2 e Boas Vindas

      

      Primeiramente sejam todos bem vindos ao nosso blog, o objetivo é passar o conhecimento de forma fluente e natural, através de textos informativos sobre todo o processo evolutivo da vida na terra desde raios e temperaturas elevadas até as maravilhas naturais dos dias de hoje. 

 

Integrantes do Grupo  



Caio Aggio
Gustavo Quaiatti

terça-feira, 9 de abril de 2013

Atividade 1: Significado Filogênese e Ontogenese

 

   

Bom, para começar nada melhor do que saber o que se está estudando, para isso selecionamos dois dicionários para mostrar o significado principal das palavras Filogênese e Ontogênese: 

 

 Segundo Dicionário Aurélio

 

Significado de Filogênese

s.f. Evolução das espécies segundo a doutrina do transformismo; estudo científico dessa evolução.

 

 

Significado de Ontogênese

s.f. Série de transformações por que passa o indivíduo, desde a fecundação do ovo até o ser perfeito; ontogenia.

 

  

Segundo Dicionário Houaiss

 

Significado de Filogênese

s.f. (1954) EVOL m.q. FILOGENIA • ETIM al. Phylogenese voc. criado por Haeckel (1834-1919, naturalista alemão), prov. pelo fr. phylogenèse, do gr. phûlon,ou 'raça, tribo'+ fr.genèse 'gênese'.

Filogenia

s.f. (1895) EVOL história evolutiva de uma espécie ou qualquer outro grupo taxonômico; filogênese, filogenesia • ETIM ²fil(o)- + - genia • PAR filoginia(s.f.)


 

Significado de Ontogenese

Desenvolvimento de um indivíduo desde sua concepção até a idade adulta.